Como criar apresentações mais empáticas?

Quando você vai criar uma apresentação, em powerpoint ou discurso, saber estabelecer uma afinidade e uma conexão com a audiência te permite comunicar-se com todos como se estivesse comunicando-se com cada um individualmente. Esse é o resultado de profissionais que dominam a técnica da empatia.

Mas, afinal, você sabe o que é empatia? Nada mais é do que se colocar no lugar do outro, buscando entender suas opiniões, necessidades e emoções. Não significa que você deve sentir o mesmo, ou concordar sempre com as outras pessoas, mas sim respeitar e compreender o que elas pensam, sentem e falam. Ou seja, é uma habilidade fundamental na hora de preparar sua apresentação.

Podemos descrever empatia pela ideia de rapport, um conceito da psicologia que representa a ligação harmônica entre as pessoas. Essa sinergia facilita a interação e a troca de informações. O seu resultado é uma relação saudável e de respeito.

Empatia em apresentações

Ao fazer uma apresentação, durante a criação do roteiro, você deve pensar no conteúdo, mas também em como o seu público irá receber esta informação. Conhecer a audiência é a melhor maneira para criar este laço entre apresentador e audiência.

Por isso, procure descobrir o que o seu público já sabe sobre o tema, o que ainda não sabe, quais são as mensagens que ele precisa receber e qual é a cultura do ambiente (ou seja, o público é mais sério ou brincalhão). Busque entender se as pessoas presentes gostam mais de números ou de histórias? E também o que será mais útil para eles. São meios de se aproximar mais do público e, assim, ter mais chances de gerar empatia.

Mas se você não se sente uma pessoa empática, não precisa se desesperar! A boa notícia é que é possível desenvolver essa habilidade.

A primeira dica que eu te dou é nomear as pessoas. O ser humano tem um desejo pela conexão individual. Ao responder uma pergunta da platéia, por exemplo, pergunte como a pessoa se chama e dirija-se a ela pelo nome. Outro fator importante é fazer perguntas retóricas, para as quais a resposta não importa muito. Ao fazer isso, você coloca os espectadores para refletir e sentir o mesmo que você, o que gera cada vez mais conexão.

Um truque infalível é o sorriso no rosto. Isso porque estudos científicos já concluíram que temos um grupo de células chamadas neurônios-espelho. A simples observação de ações alheias ativa as mesmas regiões do cérebro dos observadores. Assim, estampar alegria no seu rosto vai ajudar seus interlocutores a entrarem na mesma sintonia.

Pratique também o recurso do calibramento. Como é seu público: eles costumam falar rápido? Devagar? Fazem muitos gestos? Iguale suas atitudes e o seu modo de falar ao jeito do outro. Assim, são maiores as chances de ele entender a mensagem que você quer passar. Se você for fazer uma apresentação para muitas pessoas, varie seu tom de voz e a velocidade da sua fala para conseguir atingir mais gente.

Não faça julgamentos

A principal atitude que destrói a empatia é o julgamento. E para não julgar é fundamental sair de “bolha de realidade”, construída a partir das experiências únicas de cada pessoa, e entrar na bolha do outro.

As pessoas tendem a ver o mundo com base em quem elas são. Quando usam referências e crenças pessoais em apresentações, por exemplo, criam uma barreira ao comportamento empático e prejudicam a mensagem. Lembre-se: entenda e respeite o outro. O comunicador não pode julgar o público. Deve, pelo contrário, entender as demandas dele.

Seguindo essas dicas, você pode começar a praticar a empatia e ter ainda mais engajamento nas próximas apresentações. Caso você precise desenvolver suas habilidades, entre em contato com a Salamarela!

Abraços,

Nelise Cardoso – Salamarela.