É hora das minorias.

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As rápidas mudanças globais fazem com que as sociedades questionem todos os modelos conhecidos.

As democracias, por exemplo, estão passando por transformações palpáveis, ao vermos
a diminuição da relevância dos partidos políticos, exemplificada com a eleição de um empresário como Donald Trump, sem nenhum histórico anterior de vida pública, ou a ascensão de Jair Bolsonaro, um político antes sem expressão, nas pesquisas para a presidência do Brasil.

Esse cenário é consequência de mudanças de sociedades globalizadas, que não se sentem mais representadas em espaços públicos e migram para os privados. Nesse sentido, há um grande impacto em nossas relações políticas, não só as institucionais, como os governos, mas também na política no sentido amplo, como um espaço aberto de diálogo, essencial
para que as relações sociais aconteçam.

O espaço político está se transformando e não
há nenhum especialista que consiga dizer com certeza
para onde vamos.

Os fatos mostram que estamos, como sociedade, reivindicando novas formas de existir
no mundo, sem depender de partidos ou normas que não façam sentido para o indivíduo. Qual o impacto disso para as empresas? As demandas por diversidade e inclusão de minorias políticas, aquelas que não são necessariamente minorias em números, mas em posições
de poder.

As grandes empresas já perceberam esta demanda e, ao mesmo tempo, as vantagens competitivas de implementar políticas corporativas direcionadas à diversidade.
No entanto, ainda há longos caminhos a serem percorridos, especialmente porque ainda vemos decisores que enxergam esse tema como uma pauta orientada ideologicamente, não como demanda de mercado.

É necessário pensar essa questão por outro ângulo. Em 2015, a Mckinsey publicou um relatório que mostra melhores performances financeiras em empresas com políticas direcionadas à diversidade. Outras consultorias fizeram o mesmo. É necessário encarar como um fato, uma demanda de mercado, que gera diversas vantagens competitivas.

O ponto é que olhar para esta questão com mais generosidade é fundamental para qualquer negócio contemporâneo, seja a empresa pequena, média ou grande. Por isso, empresários e gestores resistentes ao tema precisam analisar o cenário atual para não perder competitividade.

Por Carol Mendes
Colaboradora da Salamarela, Relações Públicas e Professora.